Cerca de trinta pessoas residentes no Bairro Pouso Alegre, em Cataguases, reuniram-se na manhã deste sábado, 17 de maio, sobre a ponte que liga aquela localidade ao bairro Popular com o vereador Walmir Linhares preocupados com uma obra que a Copasa realiza às margens do ribeirão Meia Pataca. No local uma draga vem fazendo o acerto de parte do terreno enquanto trabalhadores constroem um muro gabião ou cestão, como também é chamado e são utilizados em estabilização de obras hidráulicas e viárias.

 

O problema, segundo os moradores, é que para realizar a obra, a empresa estreitou significativamente o leito do ribeirão jogando terra e pedras ampliando assim sua área de trabalho. Este procedimento, disse o vereador Walmir Linhares, se não for corrigido "certamente vai contribuir para agravar ainda mais a incidência de enchente no bairro, tradicionalmente castigado por este tipo de ocorrência em época de chuva", revelou.  Walmir também conversou por telefone com o Encarregado de Sistema da Copasa em Cataguases, José Carlos Alves. Em seguida ele contou que o representante da empresa garantiu estar tudo sendo feito "dentro dos padrões ambientais" e que não haverá prejuízo para a comunidade local.

Para explicar aos moradores o que está acontecendo e também para acalmá-los, o engenheiro civil e um dos representantes do CREA-MG em Cataguases, Moises Moura Brito Júnior, foi claro: "A obra não tem nada demais, porém, não pode utilizar o leito do rio para ser realizada", disse. Ele sugeriu aos moradores chamar a Polícia do Meio Ambiente para registrar uma ocorrência e pediu que acompanhem "de perto" o seu andamento para que ao término, o leito do Meia Pataca volte às dimensões originais. Após ouvirem as informações técnicas do representantes do CREA-MG no município, os moradores mais tranquilos, se comprometeram a "fiscalizar" a obra juntamente com o vereador Walmir Linhares.