Em 18/02/2014 às 16h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Redução de impostos no estado do Rio de Janeiro está esvaziando o polo moveleiro de Ubá

Empresas de Ubá estão transferindo suas sedes para o estado fluminense

Empresas de Ubá estão transferindo suas sedes para o estado fluminense

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Os empresários do Polo Moveleiro de Ubá, na Zona da Mata, continuam reféns da guerra fiscal brasileira. Benefícios mais atraentes têm feito com que empresas migrem da região para estados vizinhos. A situação é bastante preocupante, segundo o presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Mobiliário de Ubá (Intersind), Michel Henrique Pires.

"Alguns empresários ainda estudam propostas, já que mudar o local da sede de uma empresa não é fácil. Fomos até o governo do Estado, nos reunimos com a secretária de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, para tentar igualar ou pelo menos melhorar os benefícios que podemos oferecer para as empresas virem e permanecerem no polo", afirmou Pires.

O presidente do Intersind não entrou em detalhes sobre a nova proposta, mas, no final do ano passado, o governador Antonio Anastasia encaminhou documento à Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) propondo um regime especial para o segmento.

A proposta era de que a carga tributária passasse de 18% para 5% para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Sevios (ICMS) devido nas vendas dos produtos industrializados, desde que o conteúdo de importação seja menor ou igual a 40%.

Já para os produtos industrializados com conteúdo de importação superior a 40%, a ideia era passar o crédito presumido para 5% sobre o valor da operação, nas saídas em operações internas e de 2,5% sobre o valor da operação, nos negócios interestaduais. Para receber os benefícios, a empresa, no entanto, terá que firmar o compromisso de fazer algum tipo de investimento em Minas Gerais.

Fruto da guerra fiscal, no ano passado, a Móveis Itatiaia, especializada na fabricação de modulares para cozinha, com sede no município da Zona da Mata, transferiu parte das suas operações para o Espírito Santo, com a geração de 500 empregos no território capixaba. Além disso, Pires confirmou que outras duas grandes empresas do setor estudam propostas para deixar o polo.

Feira - O Polo Moveleiro de Ubá também vive a expectativa da Feira de Móveis do município, que acontece a cada dois anos. Neste ano, o evento acontecerá de 19 a 23 de maio e, segundo o presidente do Intersind, cerca de 120 fabricantes devem expor seus móveis. "Antes da feira, os negócios não costumam ir bem porque as pessoas esperam algum tipo de promoção no evento. Isso ajudou para o fato de não começarmos o ano bem", disse.

Pires não arriscou projeções para este ano. "difícil prever alguma coisa porque é um ano em que teremos a feira, a Copa do Mundo e as eleições. Portanto, qualquer projeção feita agora seria um mero chute", pontuou. Atualmente, o polo de Ubá reúne aproximadamente 300 fabricantes de móveis. Juntos, eles geram cerca de 30 mil empregos diretos na região.
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Autor: Leonardo Francia

Fonte: Diário do Comércio

Tags: Ubá, polo moveleiro, redução de impostos





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