Em 19/12/2013 às 07h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Em Muriaé, cães ajudam a Polícia no combate à criminalidade

Cães atuam em Muriaé no policiamento de eventos de maior complexidade, cumprimento de buscas de drogas, localização de suspeitos, entre outros

Os cães treinados vêm sendo usados cada vez mais pela PM de Muriaé

Os cães treinados vêm sendo usados cada vez mais pela PM de Muriaé

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Os cães são dóceis e divertidos, alguns até mais bravos. São amigos das crianças e uma companhia para os adultos. Mas eles também podem atuar no meio policial, auxiliando no combate à criminalidade. "Os cães têm grande importância para a Polícia Militar de Minas Gerais, pois nos auxiliam em diversas modalidades de policiamento, bem como na execução de missões específicas, como é o caso de policiamento de eventos e no cumprimento de buscas de drogas e localização de suspeitos ou pessoas perdidas. Além disso, eles são muito úteis em eventos sociais. Realizando apresentações, eles proporcionam maior destaque, atraindo públicos de todas as idades, principalmente o infantil", disse o comandante da 76ª Companhia de Polícia Militar, capitão Sandro Josefino, ao qual a equipe da Ronda Ostensiva com Cães Adestrados (ROCCA) faz parte.

E este somatório de utilidades, faz com que os cães sejam mais do que uma ferramenta: se tornem um efetivo de soldados "bons pra cachorro". O faro é aguçado, a agilidade é inquestionável e o latido é bravo. Em Muriaé, por exemplo, segundo o comandante, os três animais - Flecha, Fred e Max, da raça pastor belga de malinois – são empregados com maior efetividade em policiamento de eventos de maior complexidade, no cumprimento de Mandados de Busca e Apreensão e em ocorrências em que seja necessário localizar suspeitos que tenham fugido ou escondido no interior de matagais, locais ermos ou construções abandonadas. "Esta raça é conhecida no mundo todo como a ‘Ferrari’ dos cães e é muito utilizada pelas forças policiais e militares de outros países. É uma atividade (a do uso de cães pela polícia) que vem ganhando grande expansão no mundo todo, face à utilidade do animal e ao baixo custo de sua manutenção", afirmou o sargento Montes, comandante do Grupamento de Cães.

A Flecha, a mais experiente da "tropa", tem quatro anos. É, hoje, o principal cão de farejamento de drogas. Realiza, também, captura e policiamento com viatura. O Fred atua nestas duas últimas ações. Já Max está em fase de treinamento, para também executar estas atividades: de faro de drogas, policiamento e captura.

Ainda de acordo com o sargento, a utilização dos animais é importante, pois descarta a necessidade de utilizar uma arma letal. Segundo o militar, com o cão, a PM atua com mais eficiência no meio urbano, onde existem muitas pessoas e ambientes diversificados. "Se alguém se esconder no local, trazendo risco para o policial, a guarnição da ROCCA é empenhada, o cão vai à frente do militar na localização do infrator. Se houver necessidade, o policial, ao invés de usar a arma de fogo, pode utilizar o cachorro para desarmar o autor do crime", explicou.

A PM de Minas possui, ao todo, 28 canis e o 47º Batalhão é um dos poucos do interior que possui o canil ou a equipe da ROCCA. Em Muriaé, o trabalho com os cães já é realizado há quatro anos. 

TREINAMENTO – Para que desempenhe bem a sua função, ele passa por rigorosa preparação e treinamentos constantes, primeiro para avaliar se é possuidor dos requisitos básicos para atuar no emprego operacional - visto que alguns cães não desenvolvem as qualidades necessárias; segundo, para que estejam sempre prontos para fornecer a resposta necessária. "Em média, para começar um treinamento para atividade de rua, o cão tem que ter, no mínimo, um ano, quando começa a entrar em sua maturidade. Os adestramentos básicos começam antes, aos seis meses", contou o sargento Montes. 

O adestramento é feito pelos próprios militares, que passam por um curso específico, de cinotecnia, ciência que estuda a anatomia, comportamento, psicologia, fisiologia, entre outras características destes animais.

Além do treinamento, o cães têm um tratamento "vip": alimentação balanceada, prática de exercícios físicos diários, pelos rasqueados, cuidados médico-veterinários constantes, vacinas em dia, controle de parasitas, entre outras. "O cão não só auxilia o PM. A atividade com o cão chama muito a atenção do público em geral, proporciona uma maior sensação de segurança", finalizou Montes. 
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Fonte: Jornal A Notícia

Tags: cães, polícia militar, Muriaé, criminalidade





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