A polêmica mudança anunciada na Educação Municipal para 2014, principalmente no que se refere a retirada do Inglês da Grade Curricular do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, parece estar próxima do fim. O Conselho Municipal de Educação, entidade cujas decisões são soberanas, acabou de desaprovar a referida retirada das disciplinas de Inglês e Educação Física das grades curriculares. Ofício número 013/2013 de 5 de dezembro de 2013 neste sentido, foi enviado à Secretaria Municipal de Educação recomendando a reinserção das duas disciplinas no calendário escolar da rede municipal de ensino em 2014. 

A educadora Raquel Sousa foi uma das primeiras vozes a se levantar contra a retirada do Inglês e da Educação Física do Ensino Fundamental. Segundo ela, esta polêmica surgiu da percepção dos educadores de aumentar as aulas de Língua Portuguesa e Matemática para intensificar a alfabetização das crianças. "No entanto foi sugerido a diminuição das aulas de História, Geografia e Ciências", explica Raquel, acrescentando que "no decorrer deste debate, foram feitas várias reuniões com os professores e supervisores de todas as escolas municipais, as quais foram registradas em ata, sobre como deveria ser a organização da grade curricular para 2014 na visão dos educadores, que são aqueles que mais estão aptos a discutir e decidir essas mudanças, já que conhecem o dia-a-dia e a dinâmica da sala de aula", completou.

Raquel também lembra que a legislação não obriga inserir língua estrangeira na grade que atende a esta faixa etária. "Só que o ensino de inglês foi uma conquista que muito acrescenta na educação de nossas crianças, pois muitos de nossos alunos não têm condições financeiras para arcarem com o curso de inglês particular. Estas aulas não acarretam despesas extras para o município, uma vez que existem os professores efetivos e habilitados para ministrarem essas aulas", pondera ela que quer ver de volta as duas disciplinas na grade curricular do Ensino Fundamental e Educação Infantil da rede pública municipal. 

A Secretaria Municipal de Educação ainda não se manifestou sobre a recomendação do Conselho Municipal de Educação.