Em 26/06/2013 às 08h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Sessão da Câmara é marcada por pronunciamentos sobre a manifestação popular

As pessoas puderam falar livremente na Tribuna da Câmara, inclusive, mostrar cartazes

As pessoas puderam falar livremente na Tribuna da Câmara, inclusive, mostrar cartazes

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A Sessão da Câmara Municipal desta terça-feira, 26, em Cataguases, contou com a presença de diversas pessoas que participaram da manifestação pacífica ocorrida na cidade no último dia 20 de junho. O público lotou a área à ele reservada e não só assistiu à reunião como também pôde participar falando da Tribuna seus pensamentos sobre uma cidade melhor, os problemas enfrentados para se desenvovolver e os motivos da manifestação que levou mais de duas mil pessoas às ruas da cidade.

Antes, porém, os vereadores cumpriram a pauta da reunião e votaram pela segunda vez o Programa Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias que, agora, foram aprovadas por unanimidade. Vários requerimentos ao executivo deram entrada naquela Casa e foram votados e aprovados em bloco pelos vereadores. A sessão transcorreu rapidamente para que os presentes pudessem se expressar da Tribuna como haviam solicitado anteriormente ao presidente da Câmara, vereador Fernando Pacheco.

imageO primeiro a falar foi Paulo Lúcio, o Carteirinho (foto), frequentador assíduo das reuniões da Câmara e um dos maiores incentivadores da manifestação em Cataguases, podendo ser, inclusive, considerado uma de suas lideranças espontâneas ao lado de Eduardo Yep e Lilian Donofre que também recusam o título de líderes daquele movimento. "Carteirinho" elencou os motivos que, segundo ele, levaram o povo para as ruas e disse que a população não quer mais assistir e sim participar ativamente do processo decisivo da cidade. E fez algumas sugestões aos vereadores como a adoção do Orçamento Participativo, a facilitação pela Câmara de projetos de lei de autoria popular o que segundo ele "são quase inexistentes", propôs um debate sobre o pagamento do piso nacional de salários aos professores e sugeriu que os secretários municipais prestem contas periodicamente de suas pastas na Câmara Municipal. 

imageLílian Donofre (foto), que ao lado de Eduardo Yep, organizaram a manifestação de 20 de junho, reforçou sua posição apartidária e o seu desejo de ver Cataguases melhorar através da participação popular, "sem partido", frisou. Ela também aproveitou para negar qualquer intenção de se filiar a uma legenda. Na sequência, Yep reforçou a ideia de Lilian argumentando que a internet hoje "está em todo o lugar e por isso é ela que vem pautando as discussões no país e aqui em Cataguases, concluindo que diante destes fatos, "a líder deste movimento é a internet". 

imageO advogado Eduardo Barcellos (foto) subiu à Tribuna para manifestar o apoio irrestrito ao movimento que foi às ruas clamar por melhorias e também pedir a revogação do que chamou "Lei do Fluminense", que é uma lei de autoria do então Vereador Fernandinho de Sereno, que criou o "Dia do Fluminense" no município por ocasião da conquista do titulo do campeonato brasileiro. Segundo Eduardo, "esta lei é motivo de escárnio para Cataguases". E também reivindicou a publicação na internet de todas as leis municipais.

imageOutro frequentador assíduo da Câmara Municipal e colunista deste site, Alexandre Soares Campos (foto), lembrou já ter usado a Tribuna da Câmara para alertar aos vereadores sobre o poder da internet "o que agora se concretizou e pudemos ver a capacidade de mobilização que as redes sociais têm", destacou. Ele aproveitou para alertar os parlamentares para também se inserirem nesta nova realidade que, segundo ele, "é o canal escolhido pelo povo para se manifestar". Alexandre aproveitou para dizer que nem todos os problemas de Cataguases precisam demorar mais três anos e meio para serem resolvidos. "Muitos deles (problemas) como o da estrada da Empa, precisam apenas de apoio político e vontade para serem resolvidos", destacou.

imageDepois dele, a estudante Ana Clara Lomeu (foto) reclamou do transporte público em Cataguases, do preço da passagem e dos horários. "Eu não ando de ônibus, mas muitas pessoas de meu convívio e familiares usam este tipo de transporte e não estão satisfeitas e nada é feito para melhorar este serviço", reclamou. E estendeu sua crítica à falta de lazer na cidade para os jovens e à educação pública de má qualidade. Anísio Torres, funcionário público municipal, revelou sua insatisfação com o valor do ticket alimentação e a limitação que ele impõe aos usuários "porque ele não é aceito em muitos lugares onde são feitas as melhores promoções", ressaltou. E, finalizando, o engenheiro de computação, Camilo Oliveira, que veio para Cataguases recentemente, manifestou sua insatisfação com a falta de oportunidade para os jovens recém-formados. Ele completou dizendo que não aceita o fechamento do Cinema Edgard por causa da história de Cataguases. 
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Tags: manifestação popular, democracia, público





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