Em 17/04/2013 às 08h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Sessão da Câmara começa morna mas esquenta com vereadores "lavando roupa suja"

O Capitão fez um breve discurso em homenagem ao Di

O Capitão fez um breve discurso em homenagem ao Di

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A Reunião da Câmara Municipal de Cataguases desta terça-feira, 16, teve uma Pauta sem votações importantes, já que o tão aguardado projeto de lei que regulamenta a situação de animais no município só deverá voltar ao debate na próxima sessão. O destaque ficou por conta da homenagem ao Dia do Exército e, mais tarde, a uma discussão entre os vereadores, popularmente conhecida como "lavagem de roupa suja", ao lembrarem a eleição da Mesa Diretora ocorrida em primeiro de janeiro deste ano.

A homenagem ao Dia do Exército foi feita pelo Capitão José Carlos Witt Rosback, Delegado do Serviço Militar em Cataguases. Ele fez uma breve explanação sobre a atuação do Exército no país e exibiu alguns vídeos com ações militares. Também participaram da homenagem os militares do Tiro de Guerra, o comandante da 146ª Companhia Especial de Polícia Militar em Cataguases, militares na reserva e o ex-combatente da Segunda Guerra Mundial Pedro Medeiros, de 93 anos de idade.

Quando a sessão parecia terminar sem novidades, o vereador Michelângelo comunicou aos colegas a existência de um problema que disse está apurando, sobre a situação dos plantões médicos no sistema de sobreaviso em Cataguases. Segundo ele, é preciso ter plantões presenciais, especialmente no SUS, e na área de pediatria. O vereador falou que vai concluir seus estudos sobre o assunto e posteriormente irá propor a criação de uma comissão de vereadores para discutir o assunto.
Em outro momento a divisão entre os vereadores de "situação" e os de "oposição" ao atual governo veio à tona. Uma frase do Vereador Geraldo Majella trouxe para a discussão o maior problema enfrentado pela atual Mesa Diretora daquela Casa: a desconfortável convivência com a maioria dos vereadores de oposição. Majella lembrou que na sessão passada um dos vereadores teria dito que a eleição da Mesa Diretora teria sido uma "podridão", o que, segundo ele, o deixou "engasgado" já que o processo foi todo transparente e lícito.

A ruptura na Câmara surgiu com a eleição da atual chapa encabeçada por Fernando Pacheco. Como os vereadores de oposição são maioria e perderam a eleição para a chapa que tinha menor número de apoiadores, a palavra traição vem marcando estes primeiros meses de mandato no Legislativo Municipal. À época, dois vereadores que haviam assinado um documento de apoio à chapa encabeçada por Michelângelo Correa, um deles, inclusive, figurava como ocupante de um cargo na direção da Casa, votaram a favor de Fernando Pacheco, sacramentando a derrota da oposição.

imageO resultado desta eleição vem trazendo consequências sérias até hoje. A primeira delas foi a apresentação do substitutivo ao projeto de lei do Executivo que determinava recursos para o carnaval. Depois veio a CPI do Carnaval, logo na primeira sessão ordinária da Câmara e uma série de outras ações, como discursos virulentos contra a atual administração. A situação parecia ganhar ares de pacificação com a presença do prefeito Cesinha Samor na Audiência Pública realizada na segunda-feira, 15, quando ficou no ar a sensação de as partes terem "fumado o cachimbo da paz", mesmo que provisoriamente.

Participaram da discussão os vereadores Serafim Spíndola, José Augusto, Antônio Beleza e Walmir Linhares, muitos deles querendo saber quem teria usado a palavra "podridão" para definir a eleição da Mesa da Câmara. O atual presidente Fernando Pacheco, revelou que por causa da sua eleição em um determinado momento se sentiu até ameaçado de perder o cargo. Ele disse sentir as ações da oposição como sendo contra a pessoa dele. No entanto, a intervenção que deu um passo significativo para que o clima na Câmara Municipal de Cataguases volte a ser amistoso, foi a do candidato derrotado à presidente do Legislativo, Michelângelo Correa. Num ato de despojamento e elogiando a pessoa de Fernando Pacheco, disse admirar sua atuação à frente da Câmara e que não guarda mágoa alguma daquela eleição e que para ele, o episódio está superado. Depois disso, Fernando Amaral e Maurício Rufino pediram para que a sessão voltasse à Ordem do Dia.
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Tags: Exército Dia Câmara Homenagem





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