Em 20/03/2013 às 08h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Secretário de Indústria e Comércio usa Tribuna da Câmara para criticar o governo passado e a Copasa

Ângelo Cirino fez um discurso político que provoco

Ângelo Cirino fez um discurso político que provoco

Download

 

O Secretario Municipal de Indústria, Comércio e Segurança de Cataguases, Ângelo Andrade Cirino, fez um pronunciamento de forte teor político na Tribuna da Câmara Municipal na noite desta terca-feira, 19, provocando a reação dos vereadores Serafim Spindola (foto a direita), Walmir Linhares e José Augusto Titoneli. O discurso do representante do Executivo Municipal foi recheado de críticas à administração anterior. A primeira delas a respeito da própria Secretaria que, de acordo com Ângelo, “não tem sequer móveis, utensílios, sede adequada e, além disso, dispõe apenas de um funcionário, por coincidência, o atual vereador e presidente desta Casa”, disse.

 

Ele também explicou em linhas gerais sobre a existência de uma Lei Municipal de incentivo à pequena e micro empresa, afirmando que vai divulgá-la como forma de incentivar novos empreendimentos no município, e revelou ainda que o futuro de Cataguases passa pelo fortalecimento do setor cultural e tecnológico, “capazes de gerar empregos para a população”. Ângelo também disse que assumiu a Pasta representando o Partido Comunista do Brasil, o qual está filiado assim como o prefeito Cesinha Samor. Contou ainda que foi coordenador das duas campanhas anteriores do atual prefeito e que gosta de Cataguases.

 

Mas Ângelo reservou a maior parte de seu pronunciamento para disparar contra a Copasa, especificamente, o contrato assinado entre aquela empresa e o município para tratar o esgoto dos cataguasenses. Entre outros adjetivos, Ângelo definiu o pagamento antecipado da taxa de esgoto pela população de Cataguases como sendo “transferência de renda do município para o Estado quando deveria ser o contrário. Mandamos para os cofres do Governo o que deveria ficar no caixa do município”, sentenciou. E completou: “Não sabia da gravidade da situação institucional deste contrato”. Ainda em seu discurso, criticou o Secretário de Governo de Minas Gerais, Danilo de Castro e o deputado Rodrigo de Castro, afirmou que a deputada federal Jô Morais, destinou uma verba de um milhão de reais em emenda parlamentar para Cataguases e finalizou informando que irá a Brasília nos dias 25 e 26 de março onde será recebido por diversos ministros.

 

O vereador Serafim Spíndola foi o primeiro a comentar o discurso de Ângelo, também da Tribuna. E não poupou o representante do Executivo. “Ele veio aqui, falou o que quis, mas o que eu queria ouvir ele não disse que era sobre emprego. Não falou em um emprego sequer para a cidade”. Com relação à emenda parlamentar prometida, Serafim foi mais longe: “Quero ver se o dinheiro não sair se ele vai pedir demissão. Com o contrato da Copasa foi a mesma coisa, o prefeito prometeu acabar com ele e não cumpriu. O Juiz não aceitou o  processo. Deveria vir a público (o prefeito) e dizer que não teve condição de cumprir o que prometeu e renunciar, porque a população de Cataguases merece respeito e não pode sofrer mais”, completou.

 

Na mesma linha outro vereador, Walmir Linhares (foto à esquerda), revelou-se “indignado” com a atitude do Secretário de Indústria, Comércio e Segurança de Cataguases. “A fala dele (Ângelo) não ajuda em nada nossa cidade e até fez campanha para políticos como Pimentel e outros. Eu quero é saber como é esta história de um médico neurocirurgião atender de graça aqui em Cataguases, como foi dito aqui semana passada, e recentemente uma pessoa morreu oito dias após ter sofrido um acidente, exatamente porque aqui não tem neurocirurgião”, desabafou Walmir.

 

Em um discurso contundente, algumas vezes, com a voz alterada e mostrando o programa de governo de Cesinha Samor para a plateia e seus pares, o vereador José Augusto Titoneli (foto à direita) criticou o Executivo Municipal. “Não ouvi o Secretário falar sobre novos empregos para a nossa população. Muito menos o que foi prometido e até agora não cumpriu”. E fez cobranças: “Vamos saber a dívida, a folha de pagamento. Estamos com oitenta dias de governo e esta Casa tem obrigação, por lei, de receber as cópias das verbas recebidas dos governos estadual e federal”. E terminou dizendo ser contra o contrato com a Copasa ‘porque água é estratégico e precisamos municipalizar o esgoto”. 

 

 

Com foto gentilmente cedida por Marcos Gama

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE






Todos os direitos reservados a Marcelo Lopes - www.marcelolopes.jor.br
Proibida cópia de conteúdo e imagens sem prévia autorização!
  • Faça Parte!

desenvolvido por: