Em 19/12/2012 às 08h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Em Cataguases as pessoas dizem não acreditar no fim do mundo depois de amanhã

O fim do mundo está próximo, ou tudo não passa de

O fim do mundo está próximo, ou tudo não passa de

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Por: Teresa Ladeira

 

A possibilidade de que o mundo acabe na próxima sexta-feira, dia 21 de dezembro, é um fato para os que acreditam. Apesar das evidências contrárias, a dúvida fica pairando no ar. Não é a primeira vez que é anunciado o fim do mundo, e a maior parte das previsões têm fundo religioso. Embora outras não tenham esta relação, todas têm uma coisa muito importante em comum: nunca concretizaram.

A reportagem do Site do Marcelo Lopes foi às ruas saber das pessoas o que pensam a respeito da possibilidade (cada dia mais próxima) desta profecia sobre o fim do mundo se concretizar. Apesar do assunto ser o preferido em todas as rodas de amigos, em Cataguases, de acordo com os entrevistados pelo Site, o mundo vai continuar como está. Veja o que cada um deles falou sobre o assunto:

Rogério Ramalho, 44 anos, professor. “A princípio eu acho que é uma superstição, uma lenda. Ainda não é hora do mundo acabar, temos muito o que fazer. Além disso, tem a sustentabilidade que vai ajudar muito o planeta. Mas eu tenho medo!”

Raquel Lobo Martins, 48 anos, psicopedagoga. “Eu acredito em uma mudança, de um alinhamento dos planetas, mas acabar o mundo eu não acredito. Estamos precisando de mudança, porque do jeito que está não pode continuar.”

Victor Fernandes Cardoso, 31 anos, secretário. “Eu morro de rir disso, e devo evitar o Face (rede social Facebook) nesse dia porque só vai dar isso. Só vão postar sobre o fim, e no dia seguinte muitos postarão: sobrevivi! Nunca! Acredito que acabará sim, e já está acabando, mas somos nós que destruiremos. Já estamos destruindo, é só olhar ao redor; desmatamento, poluição, consumismo exagerado, desamor, guerras! As pessoas estão destruindo o planeta. Vai faltar água, o calor aumentará cada vez mais. As pessoas perderam o amor!! Isto sim é o fim do mundo.”

Carlos Magno Maguinho, 26 anos, Presidente na Empresa Associação Humanitária Casa Lar Solidária. “Minha visão é religiosa. Eu acredito que é uma profecia infundada e que não irá se concretizar. Nós, evangélicos, acreditamos na volta de Cristo, sendo assim com sua volta o julgamento dos justos e a condenação dos injustos. Minha resposta esta baseada na Bíblia em Apocalipse 1-7’.

Vaneza de Oliveira, 29 anos, locutora e coordenadora da Rádio Vida e casada com Ricardo Miranda, 34 anos, empresário, programador e produtor artístico, é membro da Igreja Metodista Wesleyana.

Ela: “O mundo não vai acabar. Para mim é uma teoria maia, um povo extinto, que fez um calendário. Se eles estivessem vivos teriam continuado o calendário. Pode até acontecer esses desastres, mas destruir o planeta não. Se os Maias fossem tão bons eles teriam previsto o próprio fim. Eu acredito na Bíblia e Ela não diz isso. Acredito em um grau de catástrofe, mas não o fim do mundo.”

Ele: “Isso são os cientistas que estão dizendo. Mas eu não acredito no fim do mundo.”

 

Padre Édson Campos, 60 anos, Padre na Paróquia São José Operário. “Vai acabar coisa nenhuma. Deus não criou o mundo para ser destruído e, sim, para salvar a vida. Por isso que ele “emprestou” seu filho, para que todos tenham vida e plenitude. Disse Ele: “Porei o meu arco íris no céu e, cada vez que olhares para ele, verás que não destruirei nunca o que criei”. Padre Édson disse ainda que espera poder ficar em Cataguases até 2053.

 

José Antônio Zanela, 44 anos, fiscal. “Não acredito. Não tem nada a ver essa história de calendário maia. Eu tenho uma amiga que mora na Guatemala, onde viveram muitos povos maias e ela diz que nem se comenta isso por lá. A interpretação que estão fazendo do calendário está errada. Simplesmente os maias pararam a contagem do tempo, mas sequer é mencionado o ano, e isso não quer dizer que eles continuaram a contagem mais tarde. Talvez haja um outro calendário maia desaparecido, ou simplesmente acharam que aquele seria suficiente enquanto vivessem.”

 

Soraya Sucasas, mora em Boston, trabalha em um Instituto de Pesquisa que busca a cura do câncer de mama. "Há seis anos morando nos EUA, percebo que os americanos amam brincar com esse tema, seja o final causado por ameaças nucleares, premunições religiosas, Nostradamus, ou calendário Maya, dentre outros.

O tema não é um dos meus favoritos, mas acho fascinante a reação das pessoas quando o assunto é o fim do mundo.

Acho que o fim do mundo tá dando mais ibope ai no Brasil... Outro dia li uma pesquisa que dizia que 1 em cada 10 americanos acredita que o mundo vai acabar nessa geração. Já na Turquia, China e Brasil, esse número sobe pra 1 em cada 5.

Em meio ao fascínio por profecias, zumbis (há quem acredite que o mundo acabará com uma epidemia de zumbis, pelo apocalipse e pelo caos, que são o próprio reflexo da sociedade em que vivemos, o que percebo aqui é uma indústria que ganha muitos dólares com filmes, camisetas, cup-cakes e toda sorte de suveniers e propaganda sobre o tópico.

No caso desse calendário para 2012, a minha opinião é que se os Maias fossem tão bons para prever o futuro, não teriam sido extintos. Vai acabar nada! “Bora” sonhar e planejar! Mas por via das dúvidas, celebre o hoje! No mais, já estou com passagem comprada para visitar minha querida Cataguases em 2013."

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