Em 28/11/2012 às 13h21 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Nesta sexta-feira tem samba dos bons com Alvinho Lancelotti no Projeto Usina Cultural

Download

 

Nesta sexta-feira, 30 de novembro, o Projeto Usina Cultural vai receber o show de lançamento do disco “O tempo faz a gente ter esses encantos” (foto), de Alvinho Lancellotti. Se com o grupo "Fino Coletivo" Alvinho fez muitos fãs na região, sua incursão solo pelo universo do samba não fica em desvantagem. A alegria demonstrada nos dois trabalhos com a banda nordestino-carioca permanece intacta. Somam-se a ela os arranjos acústicos e as letras leves, suaves, mais contemplativas de Alvinho. No entanto, o balanço suingado continua a conduzir sua segura navegação pela sonoridade afro-carnavalesca. 
 
Alvinho é filho de Ivor Lancellotti, grande compositor que teve diversos sucessos gravados nas últimas décadas.Lancellotti,  grande mestre cuca sempre envolvido na culinária recente do que melhor se produz na cena musical e que aqui participa em algumas das faixas.
 
O álbum de Alvinho é surpreendente e começa com "Sexta-Feira", música que  encanta, chega de mansinho, mostra ao que veio com a poesia do jeito certo, falando lindamente em um quase haikai, da alegria de viver.Segue com a positividade em cima, contagiante,  "Alegria da Gente" vem com uma levada onde o samba encontra espaço para se recriar. Em  "Vidigal"  o cavaquinho, o flamenco e o western sobem o morro e perto do céu, enaltecem favelas sem obviedades cantando "Cartolamente" a benção de ser misturado.
 
Alvinho festeja  e visita com categoria a canção afrobrasileira em  "Gira de Caboclo",  misturando as guitarras e violões de Davi Moraes e Pedro Costa que quando somados  às percussões  de Adriano Sampaio, lavadeiras e assovios conseguem criar uma atmosfera que certamente encantaria Adelzon Alves e Clara Nunes.
 
"É de Mamãe" e "Meu bloco do Amor" são provas de uma poesia que calma nos acalanta, nos leva mantricamente para um lugar, uma identidade que Alvinho conquista consciente e imprime com sua voz. "Antena", ainda no mesmo banco de praia, o mesmo mar, reflete a personalidade solar de Alvinho. Leve e ao mesmo tempo profundo mantendo a atmosfera que norteia o disco.
 
Caixas  do maracatu irmão com guitarras reverberadas e o violoncelo de Guilherme Maravilhas (acordeonista do já antigo  ForroSacana) criam uma paisagem bela porém distinta em  Vazio,  como o contemplar de um dia nublado, sentado a beira mar ao observar a beleza da ressaca que explode lhe respingando na face."Autoajuda"  se manifesta rica e de altíssimo nível e astral,  aqui o  samba se recicla novamente sobre o seu chapéu!
 
"São Tomé"  é o  canto de despedida.  Mais um belo mantra que mistura simplicidade e elegância.  Aqui as vozes femininas voltam para consagrar os trabalhos. É isso, Alvinho tá pronto, feliz e maduro. Autor de todas as faixas, sendo uma em parceria com o seu irmão, apresenta em grande estilo uma safra de belas canções. 
 
A produção musical é do próprio Alvinho com Adriano Sampaio, Daniel Medeiros e Pedro Costa que juntos nos presenteiam  com um álbum-oferenda, lançando no mar dos nossos ouvidos um playlist que nos teletransporta para a beira da praia, soando revigorante e refrescante como uma brisa num dia de sol.O show é mais uma iniciativa do Projeto Usina Cultural, com produção de Fausto Menta e patrocínio da Energisa através da Lei de Incentivo à Cultura de Minas Gerais.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE






Todos os direitos reservados a Marcelo Lopes - www.marcelolopes.jor.br
Proibida cópia de conteúdo e imagens sem prévia autorização!
  • Faça Parte!

desenvolvido por: