Em 13/11/2012 às 12h40 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Danielle Winits ironiza: “Só eu, Luana e Deborah namoramos, né? O resto é santa”

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“As grandes mudanças são precedidas por um grande caos”. É com essa frase do médico indiano Deepak Chopra que Danielle Winits descreve o momento que está vivendo. Após sofrer um grave acidente, enquanto estava encenando o musical “Xanadu” , e passar por uma separação enquanto estava grávida, a atriz faz questão de dizer que está em um momento pleno.

De volta às novelas após cinco anos afastada, estrela de “Até que a sorte nos separe”, filme brasileiro com maior bilheteria do ano, e ainda curtindo novo amor e novo negócio, o brechó La Luna Mia , Danielle diz que aprendeu com o período turbulento do passado. “Não é qualquer coisa que vai me abater. Aprendi a olhar de forma diferenciada para os obstáculos. Meu fundo do poço tem mola propulsora. Sou tinhosa. O acidente foi uma fatalidade. Mas se foi olho grande, não pegou”, diverte-se.

Aos 38 anos e com dois filhos, Noah (4) e Guy(1) – frutos dos seus casamentos com o apresentador Cássio Reis e o ator Jonatas Faro , respectivamente -, Dani teve de aprender a lidar com as críticas e opiniões sobre sua vida pessoal e profissional. “Parece que só eu, Luana(Piovani) e Deborah (Secco) que namoramos, né? O resto todo é santa!”, diz ela, acrescentando: “As pessoas são hipócritas. Quem não teve alguns namorados quando era adolescente? Quem nunca casou? E descasou? Tenho muito mais coisa para fazer do que ficar me incomodando com as pessoas incomodadas com a minha vida”, afirma ela.

E foi com esta mesma naturalidade que a atriz lidou, em 2007, com as notícias de que a atriz Leandra Leal teria falado mal dela, em um blog anônimo. “Achei uma atitude desnecessária, que mostrou um lado que ninguém esperava dela. Mas pode vir a flecha, que eu pego no ar. Convivo nesse meio desde pequena, sempre tem essas pessoas que não têm espiritualidade evoluída”.

Com looks do seu bazar, Danielle recebeu a reportagem do iG na sua loja, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, e falou sobre carreira, maternidade, o rótulo de sex symbol e o relacionamento com o jogador de futebol Amaury Nunes , do Tot Sport Club da Tailândia. Confira abaixo a entrevista:

iG: É verdade que você ficou irritada com a TV Globo pela escalação em “Malhação”? 
Danielle Winits: Jamais falaria mal de trabalho. Se estou fazendo, é porque quero fazer. Ninguém é obrigado a nada. Nunca aceitei fazer nenhum trabalho por obrigação. Trabalho desde nova, não preciso disso. Desde o princípio, adorei o convite. Tive neném, tinha acabado de passar por um acidente. Queria fazer algo leve. Foi perfeito para mim nessa volta para a televisão.

iG: A comédia é um traço marcante na sua carreira e muitos atores acreditam que, para serem levados a sério, precisam fazer papeis dramáticos...

Danielle Winits: Já tive isso quando era mais nova. ‘Vou ter de raspar a cabeça, emagrecer muito ou engordar muito’. Hoje, procuro fazer coisas que me dão prazer. Se tiver de fazer um papel dramático que tenha de raspar a cabeça, vou fazer. Mas porque eu quero. Não para provar nada para ninguém. Não preciso disso. Li uma entrevista da Cameron Diaz que achei fantástica: ‘por que vou contra uma coisa que eu e as pessoas acham que faço bem?’ Gosto de fazer comédia e tenho prazer nisso.

iG: Em 2007, a atriz Leandra Leal teria escrito em um blog anônimo que sua inspiração para a sua personagem em “Páginas da Vida” era o Willy Wonka. Como lida com críticas? 
Danielle Winits: Isso faz parte do nosso trabalho, mas ela... Uma pessoa que, infelizmente, a gente faz o quê? Ela deve ter muita preocupação com a minha pessoa! Nunca falei de ninguém, nunca apontei trabalho de ninguém. Acho muito feio. Existem críticos para isso. Não é trabalho nosso. Não diria que ela é invejosa. Não tem nem nome para dizer sobre isso. Achei uma atitude desnecessária, que mostrou um lado que ninguém esperava dela. Mas pode vir a flecha, que eu pego no ar.

iG: Tem muitas inimizades?

Danielle Winits: Convivo nesse meio desde pequena, sempre há pessoas que não têm a espiritualidade evoluída. Não tenho inimizades, pelo contrário! Mas já sofri o lado inverso. Na verdade, só lamento. Espero que pessoas desse tipo evoluam.

iG: Quando estava casada com o Jonatas Faro, você estava frequentando uma igreja evangélica. Continua?

Danielle Winits: Já fui. Mas não continuo. Sou uma curiosa em relação à religião. Costumo dizer que minha religião é mais interna. Meu papo é reto com ele, não tenho atravessadores. É uma coisa mais interna e eu me satisfaço assim.

iG: Sua personagem em "Malhação" é mãe de um adolescente. Já pensa como vai ser quando o Noah ou o Guy tiverem essa idade e você tiver que conversar sobre sexo, drogas? 
Danielle Winits: Isso se constrói desde cedo. Mas acho que vou pensar como a Marcela, minha personagem. Quero ser bem amiga dos meus filhos. Acredito mais numa educação assim do que em uma de tirania. Ninguém manda em ninguém. Vou falar com eles sobre tudo e quero que eles se sintam confortáveis comigo. Já sou assim com o Noah.

iG: Eles são ciumentos com namorados? Como foi apresentar o Amaury para eles? 
Danielle Winits: O Guy é muito pequeno, mas o Noah não é ciumento. Na verdade, ele só teve contato com o Jonatas, porque fomos casados, e conheceu o Amaury via Skype. Mas ele é uma criança maravilhosa. Entende que é filho de pais separados e quer ver tanto eu quanto o pai dele feliz.

iG: Como manter o romantismo em uma relação a distância?

Danielle Winits: A gente consegue com a ajuda da tecnologia. Com amor, dedicação e compreensão, dá para conciliar. Somos românticos e muito parceiros. Tem gente que está junto fisicamente e não tem uma relação tão próxima como a que temos. Enquanto estamos nessa situação, tentamos levar da melhor forma possível. Eu fui para lá no início do ano, ele vem para cá no final do ano. Vamos ver até quando nossas vidas estarão assim...

iG: Já estão pensando em oficializar ou ele vir morar aqui?

Danielle Winits: Temos planos, mas vamos ver o que o destino nos reserva.

iG: Após duas uniões, ainda acredita no casamento?

Danielle Winits: Claro! Acredito plenamente que uma relação possa dar certo. Acredito que as pessoas podem ser felizes para sempre juntas.

iG: Mesmo assumindo papéis mais maduros, você continua sendo sex symbol. Esse rótulo já te incomodou?

Danielle Winits: Um pouco, quando era mais nova, mas resolvi não ir contra. O Wolf (Maya, diretor) me disse uma coisa: ‘Invista no seu casting de início para depois abrir o leque’. E é verdade. Não tenho preconceito contra mim mesma. Trilhei minha carreira da forma que queria.

iG: E a fama de namoradeira?

Danielle Winits: Parece que só eu, Luana e Deborah namoramos, né? O resto todo é santa. Por ser uma atriz, infelizmente, nossas vidas ficam expostas. Mas, sinceramente, as pessoas são hipócritas. Quem não teve alguns namorados quando era adolescente? Quem nunca casou? E descasou? Tenho muito mais coisa para fazer do que ficar me incomodando com as pessoas incomodadas com a minha vida.

iG: Envelhecer é algo que te preocupa?

Danielle Winits: De forma alguma. Me acho muito melhor agora. Para atriz, ser jovem é muito exaustivo. A pessoa sempre tem que ser nova, ficar provando do que é capaz, ficar se criticando. Com o tempo, você vai se aceitando e a vida melhora. Acho que a idade é um ganho. Não sou contra cirurgias plásticas para rejuvenescer, mas sou contra a ditadura exacerbada da beleza e da magreza.

iG: Quais são seus próximos projetos?

Danielle Winits: Ainda estou focada na “Malhação”, mas fui convidada para fazer a próxima novela das 20h. Estou muito feliz com a possibilidade de voltar a ser dirigida pelo Wolf e a honra de fazer uma novela do Walcyr, que é um autor com quem há muito tempo eu queria trabalhar. Além disso, estou fazendo o filme “Dia dos Namorados”, do Roberto Santucci, e está surgindo a possibilidade de fazermos uma continuação para o “Até que a sorte nos separe”, devido ao sucesso.

 

Entrevista concedida ao Portal IG - Fotos: Jorge Magaraia - AgNews

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