Em 04/11/2012 às 09h24 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Biotecnologia incrementa a pauta de exportações de Minas Gerais

Com base tecnológica, Estado tem conseguido agrega

Com base tecnológica, Estado tem conseguido agrega

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As vendas externas dos produtos intensivos em informação e conhecimento (PII&C) –caracterizados pela incorporação de conteúdo tecnológico e inovador – feitos em Minas Gerais avançaram 8,3% no primeiro quadrimestre deste ano, segundo estudo da Fundação João Pinheiro (FJP). O crescimento supera a média nacional, que foi de 7,5% no período.

Os produtos com essas características ainda têm pequena representatividade na pauta exportadora de Minas. No entanto, ganham em importância estratégica para a ampliação das inovações tecnológicas e da competitividade do Estado em escala global. A pauta desses produtos, composta de itens como válvulas cardíacas, aparelhos de raio-x, impressoras, tratores, embriões, sementes e lentes intraoculares, corresponde a 11,1% das exportações de Minas.

“Os produtos de biotecnologia tiveram comportamento favorável e contribuíram para esse ritmo de crescimento”, analisa a coordenadora do estudo na FJP, Elisa Maria Pinto Rocha. As empresas de biotecnologia mineiras ou instaladas no Estado respondem, por exemplo, por 62,8% das vendas brasileiras no exterior de próteses arteriais mamárias e de substituição de membros.

“O Brasil é a bola da vez. Estamos sendo muito procurados e realizando missões estrangeiras para fazer negócios. O Governo de Minas tem agido muito fortemente nesta parte e as empresas de biotecnologia estão muito animadas”, comenta a presidente da Associação Mineira de Biotecnologia (Ambiotec), Giana Marcellini, que está otimista quanto às perspectivas do setor. “Temos um programa de fortalecimento que está preparando as empresas para atender o mercado externo. Está tudo conspirando a favor”, acredita.

A pesquisadora da FJP ratifica a previsão da Ambiotec para o segmento. “Alguns mercados têm sofrido impactos negativos com a crise internacional. Isso, em alguma medida, pode influenciar nas exportações. Mesmo assim, nossa expectativa é manter o ritmo de crescimento”, esclarece Elisa Rocha.

Inovação aplicada ao agronegócio

Boa fatia do sucesso da biotecnologia em Minas Gerais está ligada ao agronegócio. O Estado possui o maior rebanho do país e as pesquisas no setor avançam a passos largos.

A Alta Genetics, empresa canadense cuja matriz brasileira fica em Uberaba, no Triângulo Mineiro, é um exemplo do potencial mineiro nesta área. De 2009 a 2012, a empresa acumulou um crescimento de 300% em suas exportações. Os principais produtos comercializados são sêmen e embriões bovinos. A partir de outubro deste ano, a empresa também passou a exportar estes produtos, além de embriões ovinos.

“A procura pela genética brasileira é um reconhecimento do trabalho feito nos últimos 30 anos, principalmente com o gado zebu. Como fruto deste trabalho, países que tem condições tropicais similares a do Brasil têm nos procurado”, explica diretor internacional da Alta Genetics, Manoel Ávila Chytil.

As exportações da empresa começaram em 2006 e eram enviadas apenas a dois países. Atualmente, a Alta vende para nove, sendo as principais nações de destino a Colômbia e o Paraguai. Ela exporta ainda para a África, Egito e Canadá, entre outros.

“Estamos com a expectativa de aumentar as exportações, no mínimo, 15% em 2013”, projeta Manoel. Segundo o diretor, atualmente Minas exporta mais de 70% do material genético brasileiro.

Tecnologia in vitro

Espalhada por 20 países e com sede em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a Labtest é a maior indústria brasileira do segmento de diagnóstico in vitro. A técnica consiste em utilizar um reagente, isoladamente ou combinado, em amostras orgânicas para obter informações sobre doenças ou estados fisiológicos.

O portfólio de produtos da empresa conta com ampla linha de reagentes e de equipamentos para diversos portes de laboratórios de análises clinicas. Desde o ano passado, a Labtest começou a exportar reagentes para diagnóstico in vitro, principalmente para América Central e África.

“Projetos de expansão da presença da Labtest no mercado externo estão em andamento. Mesmo assim, os primeiros resultados de 2012 apontam para um crescimento de 59% em relação a 2011 até este momento”, pontua a presidente da Labtest, Eliane Lustosa.

Projeto Coaching auxilia na exportação

Para promover a entrada de produtos e serviços de empresas mineiras no mercado internacional, Central Exportaminas desenvolve, desde 2010, o projeto Coaching.

O objetivo é identificar oportunidades de negócios e criar estratégias de internacionalização para as empresas mineiras por meio de consultoria especializada internacional. A finalidade é aumentar o desempenho, o conhecimento de mercados e a capacidade de competição.

Para conhecer mais sobre este programa, o internauta pode contatar a Exportaminas, em sua central de atendimento: 0800 770-7087 ou agendar um atendimento presencial pelo (31)3269-5500.

 

Fonte: Agência Minas

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