Em 31/10/2012 às 16h44 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Sean Penn é embaixador da Bolívia para descriminalização da folha de coca

Sean Penn é conhecido por sua militânica em defesa

Sean Penn é conhecido por sua militânica em defesa

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Agência Brasil

Brasília – O presidente da Bolívia, Evo Morales, nomeou o ator norte-americano Sean Penn, de 52 anos, vencedor duas vezes do Oscar, como embaixador do país em defesa de temas considerados relevantes na política interna. Sean Penn deverá representar a Bolívia na defesa da descriminalização da folha de coca, da tradição de cultivo e consumo entre os indígenas da região e na disputa com o Chile por uma saída para o mar.

Penn também terá a missão de negociar com as autoridades norte-americanas a extradição do ex-presidente Gonzalo Sánchez de Lozada (2002-2003), para que ele responda sobre denúncias de crimes contra a humanidade cometidos no país.

"Nosso presidente [Evo Morales] pediu a Sean Penn para se tornar embaixador de nossas causas nobres para o mundo", disse o ministro da Cultura da Bolívia, Juán Manuel Quintana, após reunião entre Morales e o ator norte-americano.

Segundo Quintana, Sean Penn é conhecido por sua militânica em defesa de “causas humanas” e um importante mediador internacional. “Podemos assim fazer progressos significativos no contexto internacional", acrescentou.

O ministro disse também que Morales pediu ao ator que colabore na defesa da preservação da “tradição histórica” da Bolívia em relação à folha de coca. O presidente boliviano é favorável à descriminalização, pois há um hábito no país de mastigar a folha. O governo faz uma campanha internacional em favor da medida, liderada pelo ministro das Relações Exteriores, David Choquehuanca.

"O presidente explicou a Penn o valor tradicional e histórico desde o uso, pelos nossos ancestrais, da folha de coca, o direito do povo boliviano de  preservar esse recurso natural e o direito dos povos indígenas da mastigação da folha", ressaltou o ministro.

Penn visitou a Bolívia e quis saber das ações para a  reconstrução do Haiti. O país foi devastado em 2010 por um terremoto que matou mais de 200 mil pessoas e deixou mais de 1,5 milhão sem casa.

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