Em 22/10/2012 às 20h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Profissionais de saúde são treinados para agir em casos de catástrofes

Curso iniciado nesta segunda-feira (22) é ministra

Curso iniciado nesta segunda-feira (22) é ministra

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Nesta segunda-feira (22), a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), em parceira com a Secretaria Extraordinária para a Copa do Mundo (Secopa) e a Associação dos Hospitais Públicos de Paris deram início ao curso de preparação para os socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

Segundo o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, foi estabelecido uma parceria para que uma equipe técnica, especialmente do SAMU da França, pudesse instruir e capacitar membros do SAMU de Minas.  O objetivo é possibilitar a troca de experiências e informações sobre atendimentos em caráter de urgência e emergência em situações que envolvam múltiplas vítimas.

“A França é uma referência mundial em atendimento emergencial, por ter sediado grandes eventos e enfrentado situações trágicas que envolvessem um extenso contingente populacional. Assim, com a expertise dos franceses, vamos promover uma troca tecnológica em termos de organização hospitalar, atendimento emergencial humanizado e qualificado e a própria otimização do conjunto de ações e respostas para o atendimento ao cidadão”, pontuou o secretário.

De acordo com o assessor do Núcleo de Planejamento da Secopa, “a Copa é um megaevento. Em 30 dias vamos receber quatro vezes mais turistas estrangeiros do que costumamos receber em um ano. E para deixarmos uma boa impressão a todos eles, além de um estádio moderno e mobilidade urbana eficiente, temos que estar preparados, se houver necessidade, para o atendimento médico de 100% deste público. Os franceses vivenciaram a Copa da França e também auxiliaram em diversos outros eventos de grande porte. Por isso, hoje eles são a maior referência mundial em atendimentos de múltiplas vítimas”, enfatizou.

Legado para o futuro

De forma pioneira, Minas recebe o treinamento de profissionais de saúde para atuação em situações de catástrofe, tendo em vista a troca de experiências. Passa, assim, a assimilar de forma célere o conjunto normativo de ações já adotado em outro país.

“Estamos visando a Copa do Mundo, mas pensando de forma definitiva no legado que ficará. Há uma total sintonia das novas readequações com o que já realizamos há algum tempo nas redes de urgência e emergência. Atualmente, as redes Macro Sul, Centro-Sul, Norte e Vale do Jequitinhonha desempenham um excelente trabalho no atendimento emergencial, com constantes melhorias e readequações”, concluiu o secretário Antônio Jorge.

“Minas já possui um sistema de redes de urgência e emergência integrados ao Estado, o que facilita e humaniza a assistência à saúde. A união do SAMU e do Hospital também serão essenciais para a reduzir o tempo do atendimento”, declarou o coordenador da SES-MG para o Projeto da Copa do Mundo, Welfoni Cordeiro Júnior.

Capacitação

Entre os dias 22 e 27 de outubro, mais de 100 profissionais de saúde recebem capacitação ministrada por membros do SAMU francês, como o renomado médico do Hospital Necker, Daniel Janniere. O treinamento, dividido em dois módulos, terá continuidade no início de dezembro, com a segunda parte prevista para o primeiro trimestre de 2013.

Na primeira aula, foram apresentados noções de adequações entre as necessidades sanitárias de uma população e os meios disponíveis acoplados às ocorrências de eventos excepcionais. Os planos adotados pelo sistema de saúde pública francês, como o Plano Branco e o Vermelho, foram discutidos e detalhados, assim como o engajamento dos recursos pré-hospitalares, a criação do Posto Médico Avançado, o controle de evacuações em caso de catástrofes, a própria melhoria do SAMU e o estabelecimento de uma central de regulação móvel para os serviços de urgência.

Segundo o médico Daniel Janniere, o Plano Branco consiste em reorganizar tecnicamente a área da saúde, com o intuito de otimizar e atender uma quantidade considerável de vítimas. Já o Plano Vermelho, envolve esferas como o corpo de bombeiros, a polícia civil, membros da defesa e hospitais, de modo que ocorra uma sinergia constante entre essas instâncias.

“Não basta que o profissional de urgência seja bem treinado, ele deve ser bem organizado também. Quando se fala em catástrofe, cada região possui uma reflexão própria. Logo, faz-se necessário que seja elaborado um plano no qual ocorra uma comunicação eficaz entre as esferas envolvidas e um roteiro a ser seguido, evitando assim a superlotação dos hospitais e a ineficácia do atendimento”, detalhou o médico, que já atuou em situações críticas de ataques terroristas e eventos mundiais.

 

 

Fonte: Agência Minas

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