Em 11/10/2012 às 08h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Médicos de Muriaé suspendem atendimento por planos de saúde

Médicos de Muriaé suspenderam atendimento a pacien

Médicos de Muriaé suspenderam atendimento a pacien

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A maioria dos médicos de Muriaé aderiram ao movimento que acontece a nível nacional, e suspenderam o atendimento a pacientes de planos de saúde desde ontem, quarta-feira (10) até o próximo dia 18. Em entrevista concedida ao Departamento de Jornalismo da Rádio Muriaé, o presidente da Sociedade Médica de Muriaé, Carlos Wilson Abreu, médico-ginecologista, afirmou que a classe não vai, durante o período da reivindicação, realizar consultas e exames eletivos através de planos de saúde.

O médico explicou ainda que aqueles pacientes que já estavam agendados serão atendidos em outra data, mas caso prefiram, ou necessitem, receber atendimento por esses dias, a orientação que passada pelas entidades nacionais - como Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina e outras, que estão na coordenação do movimento – é que seja cobrado um valor de referência nacional. “Destacamos também que os casos de urgência e emergência serão atendidos normalmente”, assegurou o presidente da Sociedade Médica de Muriaé. 

A dica repassada por juristas é que, caso o paciente precise de atendimento médico nesse período e, apesar de ter o plano de saúde, tiver que pagar algum valor pela assistência, deve pedir ao profissional que o atender um recibo e depois, dirigir-se a operadora de seu plano, para cobrar da mesma o ressarcimento da quantia. Pois a negociação do paciente, nesse caso, deverá ser feita com o plano de saúde e não com o médico. 

Carlos Wilson ressaltou que o objetivo dessa suspensão de atendimento é para alertar a população sobre a forma desrespeitosa que os médicos e usuários estão sendo tratados por várias empresas de planos de saúde. E continuou justificando e enumerando alguns casos que acarretam indignação, “porque muitos planos de saúde interferem até diretamente no trabalho do profissional. Eles criam obstáculos para solicitação de exames, para solicitação de internação, além de pagarem valores irrisórios para consultas e procedimentos”, declarou o ginecologista. 

Segundo o presidente da Sociedade Médica de Muriaé, atualmente na cidade, existem planos de saúde que pagam aos médicos R$33,00 por consulta, após 60 dias do atendimento, além de descontarem os impostos. “Essa mobilização não é uma maneira de maltratar os pacientes, mas sim, um alerta para a sociedade da realidade que está vivendo a classe médica”, enfatizou Carlos Wilson, que terminou pedindo a compreensão de todos os muriaeenses nesse sentido.  

 

Fonte e foto: Rádio Muriaé

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