Em 06/10/2012 às 09h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Venezuelanos correm aos supermercados com medo de problemas após eleições

Venezuelanos correm aos supermercados com medo do

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Caracas (Agência Lusa) - Vários supermercados de Caracas registaram na manhã desta sexta-feira (05), pelo segundo dia consecutivo, uma elevado e inesperado fluxo de clientes que não querem ser surpreendidos por eventuais problemas decorrentes dos resultados das eleições presidenciais de domingo.

Entre os supermercados que tiveram um inusitado aumento de fluxo está a  Central Madeirense de Chacaíto, que registrou uma forte procura de produtos como o óleo, enlatados, leite em pó e Harina Pan, uma farinha de milho pré-cozido utilizada  para fazer as típicas ‘arepas’ indispensáveis no café da manhã dos venezuelanos.

 

"É melhor prevenir que remediar"

"Ninguém sabe o que pode acontecer, as coisas estão muito agitadas no [plano] político, uns para um lado e outros para o outro. Não é exagero fazer compras extra dos itens mais necessários e que não estragam, para ter em casa em caso de haver alguma confusão", explicou à Agência Lusa a portuguesa Matilde Araújo.

Além de leite em pó, a Harina Pan e algumas latas de atum, a cliente portuguesa comprou ainda açúcar, queijo, fiambre e folhas de couve para preparar polenta, que “aguenta vários dias e depois de pronto pode ser frito para acompanhar peixe ou carne”, explicou.

No mesmo supermercado estava Juan José de Abreu, um luso-descendente de 23 anos que ajudava  a mãe comprando alguns itens que ela "pediu para ter no armário". "Temos suficiente mas vou levar farinha de trigo, Harina Pan, leite, margarina, ovos e peixe congelado para fazer uma reserva. É melhor prevenir que remediar, se depois das eleições tudo estiver calmo continuaremos com a vida normal, mas se houver violência, comeremos estas coisas", disse.

Outros serviços

Vários portugueses explicaram à Agencia Lusa que outras grandes redes de supermercados, como a Excelsivor Gama e Plaza estavam lotados, sendo que alguns produtos já haviam esgotado.
Redes de farmácias como Locatel, Farmahorro e Farmatodo, estavam congestionadas de pessoas à procura de medicamentos.

Na Locatel de Chacaíto, havia ainda uma inusitada fila de pessoas para pagar as contas de eletricidade e telefone.

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