Em 18/09/2012 às 20h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Detentos de Unaí são contratados por empresa de confecção de uniformes

Contratados recebem três quartos do salário mínimo

Contratados recebem três quartos do salário mínimo

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Oito detentos que fizeram o curso Corte e Costura Industrial na Penitenciária Agostinho de Oliveira Júnior, em Unaí, região Noroeste de Minas Gerais, foram contratados para trabalhar em uma empresa de confecção de uniformes. As contratações são resultado de parceria firmada entre a unidade prisional e a empresa Aragem Confecções, que ofereceu as aulas.

Os presos trabalham de segunda a sexta-feira, oito horas por dia, dentro da unidade prisional. Para isso, além de receberem três quartos do salário mínimo vigente por mês, o que corresponde a R$ 466,50, há a remição de um dia de pena a cada três de trabalho.

Eli Carlos da Silva, 31 anos,  um dos detentos contratados, pretende aproveitar a oportunidade que recebeu. “Agora posso escrever para meus familiares e lhes contar que estou trabalhando com dignidade, pois pretendo continuar esta nova vida, de forma honesta, quando estiver em liberdade", conta. Atualmente, segunda a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), cerca de 12 mil presos trabalham e, aproximadamente, seis mil estudam enquanto cumprem suas penas no sistema prisional mineiro.

Segundo o diretor de atendimento da penitenciária, Allan Campos, esses bons resultados vêm de um esforço de anos. “A unidade tem trabalhado para desenvolver métodos realmente eficazes para a ressocialização dos presos, entre eles estão as oportunidades de cursos profissionalizantes, oportunidades de trabalho e de educação”, destaca.

O proprietário da Aragem Confecções, Eduardo Martins, afirma que os detentos prestam um serviço de qualidade. “Nós ficamos muito felizes em poder contar com essa mão de obra, que é tão qualificada, pois eles têm desenvolvido o trabalho com perfeição”, relata. A empresa já estuda a possibilidade de ampliar suas instalações dentro do próprio presídio, com a criação de uma sala destinada ao corte de tecidos e aplicação de silkscreen, processo pelo qual a tinta é fixada no pano.

A unidade, que já tem divulgado junto aos empresários de Unaí os trabalhos desenvolvidos pelos detentos, busca novos parceiros. “Nós dispomos de mão de obra e espaço para a implantação de outras oficinas”, afirma Allan.

O curso oferecido pela Aragem Confecções teve duração de dois meses, com uma carga horária total, entre aulas teóricas e práticas, de 240 horas.

 

Fonte e foto: Agência Minas

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